O valor da Governança Corporativa dentro das empresas

O que é governança corporativa e quais os benefícios para a gestão empresarial

Como o próprio nome já adianta, a governança corporativa é o conjunto de boas práticas administrativas aplicadas na direção, monitoramento e incentivo de uma empresa. 

Engloba, dessa maneira: cultura corporativa, processos e políticas internas. E deve considerar desse, modo, objetivos e riscos do negócio, regulamentos, legislações e sustentabilidade da empresa como um todo.

Conforme definição do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa:

Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas.

O processo de governança corporativa também envolve os relacionamentos entre:

  • sócios;
  • conselho de administração;
  • diretoria;
  • órgãos de fiscalização e controle; e
  • demais partes interessadas.

Desde cedo as empresas podem empregar essas práticas de gestão, o que facilita o processo quando o tamanho da empresa aumentar. 

Contudo, é já na etapa de crescimento, diante da complexidade em que o negócio se encontra, que muitos veem a necessidade de promover essa estruturação interna. 

Qual o papel da governança corporativa dentro da sua empresa

O principal papel da governança corporativa dentro de uma empresa, portanto, é gerar a ela uma estrutura capaz de promover eficácia e sustentabilidade aos seus processos. 

Talvez você não perceba, de imediato, as consequências negativas da falta de alinhamento dentro dos processos corporativos quando são poucos ou fáceis. No entanto, quanto mais processos envolvidos, maior também a probabilidade de ocorrer falhas, sobretudo na comunicação entre eles e no alinhamento a princípios gerais.

E isto significa envolver não apenas os agentes internos – colaboradores e direção. Significa também envolver todos stakeholders, em um diálogo entre os seus interesses e modelos e os da própria empresa.

Ou seja, fornecedores, parceiros, investidores, administração pública e principalmente seus clientes precisam ser parte das estratégias adotadas dentro de uma proposta de governança corporativa.

Mas a governança corporativa também possui um papel preventivo. E dessa maneira, gera segurança a uma empresa.

Com boas práticas de governança, você prevê riscos e atua para minimizá-los, além de criar planos de contenção de danos.

Tudo isso, claro, exige também uma estrutura de administração. Afinal, não basta apenas implementar processos. É preciso criar mecanismos de direção, avaliação e acompanhamento dos processos e dos resultados.

Sucessão familiar e a importância da governança na condução de negócios

Segundo dados do IBGE, as empresas familiares constituem 90% dos empreendimentos brasileiros. Ou seja, a maior parte das sociedades brasileiras são organizações que passam de geração em geração. E carregam, assim, valores bastante importantes para a sua atuação, não obstante o histórico de posicionamento.

O que pode ser um ponto bastante positivo para a imagem e a cultura da empresa, no entanto, pode ser também o centro de grandes discussões quando o tema é sucessão empresarial. Afinal, como manter a empresa e atuar para a sua prosperidade decidindo entre manter sucessores dentro da família ou escolher indivíduos de fora do âmbito pela familiar, mas com competência para a gestão do negócio.

É nesse momento, então, que a governança corporativa se mostra essencial à condução dos negócios.

A partir do momento em que processos de gestão empresarial são definidos e implementados, a condução da empresa, seja por um membro familiar ou não, é abrangida por maior segurança.

Isto significa, portanto, que os sucessores também deverão observar parâmetros organizacionais, de modo a assegurar os resultados de forma sustentável e, consequentemente, a manutenção do negócio.

Para isso, também, a estruturação de um sistema de governança corporativa conta com a elaboração de um conselho administrativo. Ou seja, um corpo de membros que fazem a relação entre a diretoria e os sócios ou acionistas. E que garantem, desse modo, que a direção da empresa esteja alinhada aos interesses da organização.

Conselho de Administração e decisões estratégicas

Como dito anteriormente, o conselho administrativo é o corpo de membros responsáveis pelo acompanhamento da diretoria e pelas decisões estratégicas da empresa. 

Portanto, é o grupo de pessoas que validará a direção da organização em conformidade aos objetivos empresariais e aos princípios estabelecidos. 

O Conselho Administrativo (ou Conselho de Administração) é composto de 3 a 10 membros, os quais podem ser eleitos ou designados e podem ser membros externos ou internos da empresa.

O CEO da Leão Group, Juarez Leão, por exemplo, além de atuar na estruturação de Conselhos de Administração, também atua como membro externo de Conselho.

Princípios da governança corporativa

A governança corporativa baseia-se em quatro princípios que você precisa conhecer antes de definir as estratégias gerenciais da empresa e que são essenciais para a sustentabilidade do negócio.

São, portanto, princípios da governança corporativa:

  • Equidade;
  • Responsabilidade
  • Transparência;
  • Prestação de contas.

A equidade representa o tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes interessadas. Ou seja, os stakeholders da empresa. E deve levar em consideração, dessa maneira, direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas de todos os envolvidos dentro dos processos.

A responsabilidade é o dever de zelo pela viabilidade econômico-financeira das organizações. Isto significa, então, que os agentes de governança corporativa devem reduzir as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas. Para isso, precisam considerar, contudo:

  • qual o seu modelo de negócios;
  • os capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos.

A transparência consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimização do valor da organização.

E a prestação de contas, por fim, implica no dever de declarar ou detalhar as contas com que se comprometem, de modo claro, conciso, compreensível e tempestivo. E assumir, dessa maneira, as consequências de seus atos e omissões, além de atuar com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis.

Princípios ESG (Environmental Social and Governance)

A governança corporativa de empresas inovadoras precisa atender a conceitos de sustentabilidade. Isto não quer dizer apenas o sustento da empresa dentro de um mercado competitivo, mas também a atenção a elementos externos cada vez mais prezados pela sociedade: os princípios ESG (Environmental, Social and Governance).

Os princípios ESG constituem três áreas de atenção dentro das estratégias da empresa:

  • Ambiental, o que exige a inclusão de planos estratégicos relativos às políticas de mitigação de danos ambientais;
  • Social, promovido por relacionamentos (entre colaboradores, clientes e stakeholders) amparados na visão social.
  • Governança, que sintetiza a estruturação as lideranças dentro da sua empresa com garantias a todos os envolvidos.

Os princípios ESG refletem valores da sociedade contemporânea. E além dos impactos jurídicos que podem ter, também influenciam a forma como a empresa será observada pelo seu público e pelos stakeholders. 

Por que tantas empresas, por exemplo, começaram a implementar políticas aliadas a demandas sociais ou campanhas de sustentabilidade ambiental? De um lado, existe, sim, a preocupação com o cenário externo. De outro, contudo, é uma garantia, tanto legal quanto comercial da empresa. 

Portanto, é de responsabilidade dos setores de direção da empresa não só fomentar, mas também garantir o cuidado, nos processos internos, a esses princípios.

Papel da consultoria em governança corporativa

A consultoria em governança corporativa possui um papel essencial na estruturação das diretrizes de gestão empresarial. E revela sua importância, ainda mais, quando se trata dos casos de sucessão familiar, como abordado anteriormente.

O papel da consultoria, portanto, é guiar a empresa nos diversos aspectos da gestão: da compreensão de externalidades à necessidade de atendimento a regulamentações de forma sustentável.

Entre os pontos observado na estrutura de Governança estão:

  • Análise de cenários e tendências
  • Estratégia com foco em inovação e oportunidades
  • ESG – Environmental, Social and Governance
  • Gestão de pessoas, sucessão e remuneração
  • Gestão de riscos e auditoria
  • Ética empresarial

Algumas consultorias atuam apenas nas etapas iniciais de planejamento. A Leão Group, contudo, acredita que é necessário mais do que apenas traçar planos estratégicos, mas incluir as empresas dentro do projeto e acompanhá-las até a efetiva prática da governança corporativa. 

Isto porque nem sempre a etapa mais difícil estará no planejamento, embora a complexidade dos processos internos possa implicar em estruturas igualmente complexas. Apesar disso, a dificuldade de muitas empresas está em aplicar o que foi proposto e manter as boas práticas ao longo do tempo. Isto significa, então, manter um Conselho de Administração que atue dentro das suas competências e responsabilidades, mas que também acompanhe as mudanças dentro de toda uma cultura gerencial.

Entre em contato com a Leão Group e descubra os benefícios da governança corporativa para a sua empresa, do planejamento à execução!



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